Eurotrip #2 – Budapeste

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Se eu tivesse que definir Budapeste em uma palavra ela seria surpreendente. Já tinha ouvido muita coisa boa a respeito, mas minha primeira cidade no leste europeu superou expectativas.

Depois de quase perder o vôo, e isso foi bastante recorrente durante toda viagem, cheguei em Budapeste por volta de 23:00. Como o transporte público já estava fechado, tive que pagar 14  fucking euros por um tipo de lotação táxi coletivo até a casa do Yan. Ele já mora lá há alguns meses e a gente havia conversado antes, mas foi só em Budapeste que nos conhecemos em pessoa. Apesar disso, Yan foi muito querido e me hospedou pelos dias que fiquei por lá. E eu não poderia ter pedido um host melhor.

Sábado de manhã acordamos cedo e o Yan me levou pra passear. Primeiro andamos de ferry boat pelo Danúbio. Todas as pontes, principais prédios e palácios são facilmente vistos do barco. É uma boa escolha pra atravessar a cidade observando as diferenças entre os lados –  Buda e Peste. Descemos no lado Buda e caminhamos até a Margarite Island que está para os húngaros assim como o Ibirapuera está para nós. A ilha fica no Danúbio, entre os dois lados da cidade e é um parque com fontes e show de água ao som de Guns n’ Roses,  pequenos restaurantes e pessoas se exercitando.

De lá, fomos para o lado Peste que é onde as coisas acontecem, mais moderno e turístico. O calor pedia uma cerveja gelada. Compramos duas Sopronis que é húngara e muito gostosa. As cervejas com sabor são bem populares lá, mas essa tem apenas 2% de álcool. Ficamos andando pelas ruas da cidade até que chegamos em uma praça com uma roda gigante e uma mini piscina.  Nota: a partir deste momento vou me referir a lugares da forma que conseguir, porque lembrar todos os nomes nas línguas do leste europeu é quase impossível.

Mais uma vez fiquei sentado só observando as pessoas. Europeu fazendo coisa de europeu. Tinha picnic, menores de idade ficando bêbado à 1 da tarde (quem nunca?) e um louco cantando e dançando para uma estátua da fonte, mas a maioria dos jovens estava bebendo na beirada da piscina com os pés na água. E eles ficam assim por horas, dia e noite também. O fundo da piscina era o teto de um restaurante, quando voltar pra Budapeste quero ir lá.

O lado Buda também tem seu valor. É lá que fica o Palácio ou Castelo de Buda, onde Katy Perry gravou o clip de Firework. Confesso que nem lembrava do clip direito, mas tive que assistir de novo e realmente é possível ver o castelo e também a ponte das correntes. O castelo é gigante! Tem muita coisa pra ver do lado de fora. A arquitetura de Budapeste tem características marcantes: os prédios geralmente de cor clara e o teto, cúpulas e torres de cores diversas como verde e vinho. É possível passar o dia inteiro visitando o castelo. Lá em cima também tem uma catedral bem famosa e várias ruazinhas charmosas com museus. Tem um que deve ser interessante, mas não fui, é um labirinto subterrâneo e tem a tumba do Drácula.

A visita ao Parlamento também é obrigatória. Mesmo se você é desses que sai e bebe a noite inteira e no outro dia perde a hora do tour. Não tava em condições de ficar 3 horas ouvindo um guia naquela manhã, mas ressuscitei a tempo de pegar a apresentação dos soldadinhos do lado de fora. Ainda rolou selfie com dois deles

Budapeste é muito famosa pelos seus banhos termais. Calma gays, não é sauna não. São verdadeiros termas com mais de 20 piscinas de água bem quente tanto indoor como outdoor. Ok, também tem sauna e algumas áreas só para homens.  Existem uns 7 termas, mas só dois são mais conhecidos: Széchenyi e Gellert. Eu fui no primeiro porque tinha mais piscina outdoor e tava calor à beça. Se fizer as contas acho que custou uns 45 reais, e você pode ficar lá ate as 22:00.

A vida noturna em Budapeste até mereceria um post, isso se este blog não prezasse pela moral e pelos bons costumes. Sério, no leste europeu mais de 80% da população é ateísta, o que dá uma liberdade incrível para as pessoas serem quem elas são sem medo de julgamento. Claro que existe preconceito, conservadorismo etc; mas minha impressão sobre o leste todo foi que as pessoas têm apenas um compromisso: fazerem o que tiverem vontade. Tampouco quero dizer que eles vivem em uma anarquia, muito pelo contrário, eles respeitam demais as leis. Mas as pessoas daquela região são diferentes – E LINDAS – e isso somado à cidade que é maravilhosa e cheia de coisa pra fazer no verão me fez deixar Budapeste com uma dorzinha no peito e muita vontade de voltar em breve.

Highlights para viajantes: Walking tours, Margarite Island, visita ao Parlamento, ponte das correntes, Castelo do Buda (Baby you are a fiiiiiiiiirework), banhos termais, praça da roda gigante, comer Langos (massa de bolinho de chuva coberta com queijo de ovelha e sour cream), tomar Palinka no Zsimpla Kert (um complexo com mais de vários ambientes, cada porta é um bar diferente).

 

 

 

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